E dentro dos seus olhos feitos de horizontes sem fim,
Mistérios florindo horda de risos
Existia uma visão serena de mim.
E a sua lavra de vento,
Fixando coisas enfim...
Sem pudor, em grunhidos,
O sol recreia seus olhos sem sombras...
E a euforia da tua pele,
Abre espaços na minha alma...
Essa é nossa história infinita...
De olhos nos olhos, de carícias leves como a brisa,
De sorrisos que se cuidavam...
Nos seus olhos entrei devagar,
E num código morse de silêncios...
Dissemos tudo que era preciso conversar...
A boca emudeceu lentamente... seca e árida,
apesar de afogada nas palavras, a voz se foi...
Restou apenas a máscara inerte, parada...
Nada exprimia...
Só os olhos luziam feito brasa,
Neles boiava ainda um vago apelo...
Uma eterna esperança...
Um mar de sonhos,
Que era água e também sal,
Na medida certa de uma lágrima...
Que brotavam dos meus olhos desorbitados,
Como se olhasse fixamente o sol,
Um olhar ansioso, mas sem angústia,
Apenas o reflexo de uma alma cheia de excessos,
Que fala através deles uma linguagem estranha e inaudível...
E no silêncio de um dos meus olhares,
Eu confessei que te amava...
E hoje eu tenho certeza,
Que os nossos olhos se tocam...
Emoções e Razões
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