sábado, 3 de abril de 2010

SEM TI !...


Só restou esta genérica solidão
Do que compus e em sonhos traduzi
Hoje, sinto-me sozinho sem ti
Ave perdida, sem decolar do chão

Só, sigo em silêncio o meu caminho
Sem ti e longe de ti, curto a desdita
Sofrendo este martírio da vindita
Torvo rancor que sentirei sozinho

Mas se Deus outro amor não me consente
E só de mágoas meu peito Ele tempera
Martírio que o amor consome ardente

Castigo duro, se o mesmo for eterno
Espelho sem luz, que a luz espera !
... Surge sempre primavera, após inverno

Armando Augusto Coelho Garcia

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