No silêncio que tua boca me toca
Perco-me a flutuar do solo...
A canção não revela a sede
Com que tua boca me beija
O mundo segue, lá fora
Não deram por nossa falta
Tampouco a gente
Se preocupa com as horas
O silêncio se quebra aos poucos
O suor desliza em nossos corpos
As roupas em desalinho
Se perdem uma a uma...
A poesia entra pelas frestas
Instante mágico
Em que o amor se completa
Tão suave o encanto da imagem
Tantas minúcias
Que não se versam
O amor assim não se escreve
O que tento em vão registrar
É a doçura com que acontece
O silêncio invade as paredes...
... A gente adormece.
(Sirlei L. Passolongo)
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