quinta-feira, 17 de junho de 2010

PARTO


Espero-te só,
entre gemidos silenciosos,
qual flor despedaçada nas mãos da poesia.

Espero-te só,
derramada em silêncio,
feito essência vertida ao acaso,
colhida fora das estações,do fundo espaço.

Espero-te só,
e o aroma de paixão sobrevive,marcante,
sentado à direita e à esquerda do meu corpo,
acendendo sonhos,feito gotas de cristal.

Espero-te só,
feito louca sem razão,
lentamente,um dia de cada vez;

Quero o instante
em que a fantasia rasgue,e do próprio corte,
haja um sangramento de sombra,
num parto de claridade.

Rosy Moreira

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