domingo, 13 de junho de 2010

Madrugada*


A voz do corpo cresce
Se dispo-me Lua
Langorosa na noite
Meigamente pura

-a vontade brada herege-

Traço letras em teu leito
Sou fenda oculta do céu
No fremir das tuas veias
Do que foste e ainda és

-prostro-me ao pulsar do teu tempo-

No fascínio que nos verga
Na adaga que nos corta
E o lume que nos guia
Dilui-se na pele sonhada
A estrela para, o olhar treme
Nosso nome único geme
No ventre carinhoso da madrugada.

Karinna*

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