quarta-feira, 29 de julho de 2009

UM GRANDE AMOR


Um grande amor não se esquece
É estigma que o tempo não apaga
Ferida que não cicatriza
Sonho que na mente divaga;
Nasce e não morre nunca
Bem no peito faz morada
É natureza em flor
Exaltando a primavera
É poesia, é quimera
Total delírio e esplendor!

Um grande amor é infinito
Perdura dentro da alma
É como tinta indelével
Vendaval que não se acalma;
É água vinda da fonte
Que refresca e sacia
É alegria não contida
Entusiasmo e alento
Seiva que dá sustento
Real sentido da vida!

Um grande amor é o vento
Que arrasta as folhas ao léu
É nuvem que vem sorrateira
Encobrindo todo o céu;
Surgiu em mim pouco a pouco
Envolveu-me por completo
Como a lua que desponta
E logo se mostra inteira
Radiosa e altaneira
Da noite tomando conta!

Um grande amor é miragem
Que não se define jamais
Tento esquecer, não consigo
Entrego-me cada vez mais;
A cada dia que passa
Sinto-me mais impotente
Impossível resistir
A esse querer tão profundo
Que se apossou do meu mundo
Brincando com meu porvir!

Um grande amor é estrela
Que lá nas alturas reluz
Mesmo estando tão distante
Sempre fascina e seduz;
É como o sol fulgurante
Que ilumina e aquece
A terra fria e sombria
Dando mais vida às flores
Realçando suas cores
Irradiando alegria!

Um grande amor é imortal
Tão forte quanto o rochedo
Que resiste ao vento forte
E esconde tantos segredos;
É como um vulcão em larvas
Que consome sem piedade
Ao mesmo tempo é tão terno
Como um céu todo estrelado
Como um lindo sol dourado
Que aquece os dias de inverno!


Lourdes Neves Cúrcio

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