terça-feira, 21 de julho de 2009

Fera!


Traduz o lume de teu olhar
onde um poema está a habitar.
Palavras que em metáforas
tenta me ensinar...
Já não sei se o sentido vem
de encontro às flores que
estampam meu vestido ou
Se meus sentidos investem,
apostam num desejo embutido.
Dentro das gavetas da memória,
mantenho a glória, presumindo-me
amada, cobiçada...
Devaneios percorrem-me. Um certo
arrepio percorre minhas costas,
mordo os lábios em completa ânsia.
Relevância...
Teu bíceps volumoso e tu pretensioso,
por saber-se admirado, sorri como
o sol iluminando meu corpo.
Eufemismos que gastei em imaginar-me
nos teus braços e que no papel em
branco, virgem, fez-se versos de utopias
sem sutilezas, para libertar suposta fera,
tornando-a tua presa.

Tânia Mara Camargo

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