terça-feira, 2 de junho de 2009

DAMA DE PRETO COMO A NOITE


Lá vinha a dama chegando
Pela estrada, veio caminhando...
Ventava...Os carros quase levantavam seu vestido
Negro como a noite
Que lá se ia...
O seu companheiro galante à esperava
Com o carro parado
Quase à beira da estrada

Em preto vestida dos pés à cabeça, ela estava:
Vestido, sandálias de salto, cinto...
Apenas a bolsa não tinha tom retinto...
E o galante cavalheiro abriu a porta do carro
Quando viu a dama chegar
Abraçou-a como se a muito tempo não a vira
E entraram no carro também escuro
Entre doces beijos, tudo ficou colorido
A dama, mesmo de negro vestida
Tinha o semblante vermelho
Te satisfação e prazer
Que os beijos do galante cavalheiro
A fazia tremer...
Num sugar de línguas delirantes
A dama se extasiava, via-se em seu semblante...
E ele também se deliciava
Nessa linda noite com a dama
Para fazer amor, mesmo sem cama...
Ali, o banco traseiro do carro, foi o ninho de amor
Com suave música, ao fundo, tocando...
Combinando com aquele momento romântico
De línguas se entrelaçando
Beijos, mordidinhas, sugadas...
E corpos em doce cavalgada
Amaram-se pela primeira vez
Mas parecia que sempre se amaram assim
Tal foi a empatia
Dos amantes em sintonia...
Suores vieram
A roupa da dama, levantada
Toda molhada...
O galante homem, pingava de suor
Mas valia o custo de tanto calor...
A dama saciou-se por duas vezes
E apaixonda ficou
Pelo doce e galante cavalheiro
Que estava à sua frente...
Olharam-se com carinho, abraçaram-se com afeição
Mais beijos, selaram essa paixão...
A dama de negro foi levada para casa
Pelo galante homem
Não sem antes, mais beijos trocarem
E com a promessa de novo reencontro
Para os novos apaixonados, se amarem...

Fátima Abreu

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