terça-feira, 30 de junho de 2009

Amo o teu jeito de amar


Há em tua boca um rio que está seco
Meu peito é o mar ansioso a esperar
Que teus lábios minha boca venha beijar
Impuros gestos, eu então deliro, obceco.

Ondas de calor a atrair aves marinhas
Topázio a matizar a miragem, teu olhar
Vestida de deusa, Afrodite, a rainha
Jaz num leito esperando para se entregar

Chegas com audácias, sintomas de batalhas
Como se a espada inda tivesse lâmina afiada
Para matar as carências e com farfalhas

Rasga-me a veste ora tão azul, iluminada
Crava tuas mãos em meu pescoço e espalha
Minhas madeixas, sem queixas sou ultrajada!


Tânia Mara Camargo

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