A lágrima que mais dói não é a que na face corre.
A que mais nos corrói é a lágrima disfarçada, aquela que é sustada,
que não pode aparecer.
Que morre na garganta, sufoca, explode, espanta,
procura disfarçar...num riso desapontado,
ou num olhar desviado, não podendo soluçar.
É aquela que por dentro, num solavanco mudo,
parece que rompe tudo, em borbotões de soluço,
o pranto vai envolvendo.
Como é difícil enganar!
Não é a lágrima caída que é a mais dolorida.
É aquela que é engolida, e que por dentro escondida, faz o peito soluçar.
Enquanto o sorriso aflora, o coração é que chora,
sem poder demonstrar...
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