Pelo final de tarde,
Folhas secas, violões em aço,
E uma voz ecoando por uma rua
Vazia, um tanto muda, um tanto...
Metamorfose naquele chatô!
Para os versos eclodindo do papel
Fotossíntese, acrobacias do tempo
Gerando sentimento, camisola de amar
Ao corpo, ao senso de sentir entre os seios
Em xale de guarida, em ofertório de carinho!
Sobre o peito contas de pérola,
Pingente em cristal, cruz de malta,
Do luar um prisma para o olhar,
Pelos lábios o beijo de beijar pele nua,
Até a lua quando se for pelo pôr, amor!
Oh, belas canções cantando à solidão!
Harpejos, murmúrios desejos
Desabrochando como veios em simbiose,
Testemunhas astrais, ais, clave de dó maior
À partitura de notas compostas de paixão,
Do mar imensidão, do poema silêncio!
Auber Fioravante Júnior
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