Ouço o marulhar das águas
O corpo deitado n'areia
Salgadas gotas de mágoa
Se perdem na maré cheia.
Quando meu peito deságua
O sol vem e encandeia;
A lua veste um'anágua
bordada em rendas vermelhas.
O mar que ora me afaga
E traga meus pensamentos
É o mesmo que em outras plagas
Flagra os teus momentos.
O ir e vir destas ondas
Levando os nossos recados
Agindo em nós como sondas
Purgando os nosso pecados.
Nas areias faço a ronda;
O cheiro do mar salgado
Minhas narinas arromba
Qual teu corpo perfumado.
O mar que ora me afaga
E traga meus pensamentos
É o mesmo que em outras plagas
Flagra os teus momentos.
Jorge Linhaça
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