quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ÊXTASE DE AMOR


Foi assim como que por encanto dos deuses
Tudo aconteceu, numa tarde qualquer
De um dia lindo em que tudo prometia
O sol com seus raios de ouro ansioso mirava
A chegada da Lua, tímida, coração ofegante!

O mar em grande sofreguidão derramava suas ondas
Teimosas, insistentes sob a força da lua minguante
Como que prenunciando algo que o vento forte trazia
Era uma sereia que animada, alegre acenando cantava
Ao som do mar com suas espumas - melodiosas marolas!

No cheiro inebriante de suave brisa de sal maresia
Um esguio, dissimulado e atrevido convite ao amor
Deixando pegadas na areia fina, silente pensativo
O Poeta notívago, levando no peito fremente sentir
Qual Ulisses, envolto pelo canto magia de sua Sereia!

Sem nada pensar, desvairado segue atraído pelo cantar
Da Sereia amada, Deusa Mulher, metade de seu existir
Entra no mar, louco de amor e paixão, fugitivo da razão
Entregando-se ao amor, mais forte, intensa cumplicidade
O Sol apagou sua luz – A Sereia entregou-se ao Poeta

Que nada poupou sentir no êxtase de mavioso Amar!

MARLLENE BORGES BRAGA

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