OLHAR

Teus olhos são verdes esmeraldas.
A me olharem cálidos penetrantes.
Qual amaranto em virginal grinalda.
Beijando os cabelos olente da amante.


A sua beleza tudo encerra.
No fulgor da magna realeza.
Eis aqui! A pena em guerra.
Defendendo em versos tua nobreza.

Quero com eles cantar.
Os verdes campos, as matas.
Com eles fico escutar
O cantarolar das cascatas.

Do frenesi de calentes desejos.
No emudecer - o pensar analente.
Olho. Em meu delirio vejo.
Um fulminar de amor - ardente.

(Oswaldo Castellari)