quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SEGREDOS


Chamando por ti ouço-te ao longe.
Conheço tua voz de entre mil outras
vozes. Traz-me o vento em sussurro o
que é de nós,
passeio meus dedos pelo teu rosto.

Nada em ti me desconhece nada há
que eu não saiba, porque tudo em
nós prevalece, razão, lamento,
riso e choro, duas
andorinhas que dançam à sua semelhança.

E é no silêncio de quando nos escutamos
no próprio silêncio – olhos nos olhos –,
que bem-aventurados somos, por no
silêncio
nos sabermos a uma única e só voz.

Na primavera da vida por nosso bem-querer,
determinação e excelsa assunção,
nascem as mais belas flores, açucenas,
jasmim… oh, hierática
senhora, e seremos felizes, felizes assim.

Jorge Humberto

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