quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

... e eu, ardo!





...braço forte que me envolve o corpo
enquanto dorme.
E eu insone estou na noite longa.
Meu corpo é brasa,
é fogo que não apaga.
Mas o teu braço inerte
não me traz alento.

Lembro as noites em que,
cansados de amar,
dormíamos.
E tu, envolvia-me em teu corpo,
ainda suado e quente.

Hoje penso se tudo
foi real ou fantasia.
Pois nada há, agora,
que se assemelhe
ao grande ardor
vivido naqueles dias.

Hoje, apenas esse
braço que, por hábito,
me toca...

...e eu, ardo!

Arabela Morais

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