segunda-feira, 21 de abril de 2014

De amores amados e amantes



Rasga-se o conservadorismo amoroso
despe-se o moralismo da paixão
desnuda-se a face da concupiscência
revela-se o desejo aflorado no corpo
para que ao todo amor seja permitido
ser ele mesmo no seus outros desejos
ainda que lascivos e ébrios de prazeres
ainda que molhados e desejosos de mais
mais amar e mais ter amor para revelar
porque não cabe num véu a existência
de amores mantidos em fingimentos
quando a realidade além da aparência
revela o que precisa surgir despertado
para enfim ser amor e amante e amado.


Rangel Alves da Costa


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