E a noite replicou em lua cheia,
Luar de versos em poesia, canduras
Ritmas ao encontro dos lábios
Em mel de quimeras, em nostalgia de amor,
De amar o mar pelo marejar, rara ilusão!
O minuano venta entre os jacarandás
Cantando em lirismo toda forma do verso,
Quando dos tecidos do corpo desnuda-se
Lamentando em acordes flamencos, pele luz,
Ao solstício de inverno adentrando pela janela!
Sobre a mesa o vinho que aquece a meiga palavra
Versando-se pelo corpo em fulgor, fantasias,
Habitantes da paixão, do romanesco poema
Dando-se pelo linear das mãos, dos veios
Em plenitude com os astros, planando pelos céus!
Sob pétalas de todas as cores, ninho solidão,
Toada beleza de tocar e beijar pelo brilho
Despojando harmonia, anunciação do âmago
Pelos traços abraços do outrem numa sonata,
Num divagar da tez, num soneto, num poetar!
Auber Fioravante Júnior
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