sábado, 27 de abril de 2013

AMOR ANTIGO


A noite era nossa
De braços dados
Caminhos encantados
Amarrados um no outro
Nossos corações...

Tínhamos o amor
Colecionávamos ilusões
As alvoradas nos encontravam
Envoltos em emoções
Fogo queimando em braseiro
Corpos ardendo inteiros

Tempos depois
Tão frios e distantes
Dois vulcões apagados...
Mas um vento sudoeste
Põe em alvoroço as cinzas
Eis o amor extinto, renascido

Traz novo vigor, nova vida
E nossas almas tão sedentas
Se abrem docemente
Para sensações jamais vividas
Almas até então desfalecidas
Que se entrelaçam mais unidas

Amor antigo, jamais esquecido
Poderia estar apenas adormecido
Mas resplandece ao sol
É o amor da juventude
Que o tempo tentou apagar
Mas não conseguiu...


Jô Tauil

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