Por muitas luas, sóis; sonhei
que num belo amanhecer,
os teus lábios aos meus se uniriam,
num beijo de paixão e prazer.
Mas as luas se foram, os sóis também
e ficou só a mim, a olhar o amanhecer,
amanhecer sob o qual por tantas vezes
os lábios teus aos meus beijaram,
sempre ao dispor das primeiras cores do alvorecer.
Mas o perceber de se estar só, onde nunca se esteve
e/ou beijada foi, é morrer antes de nascer...
E eu morri... morri... e não sei se quero nascer.
A ausência dos teus beijos fez-me terra seca,
poeira a bailar nos acordes do vento;
os meus lábios fizeram-se seca de saudades,
de um beijo que nunca foi realidade;
de todos os amanheceres que acreditei
em teus braços está, beijada pelos beijos teus.
Da ausência dos beijos teus,
Fiz-me! Andarilha perdida dentro de mim!
Mais um dia do beijo de minha existência,
Que sua ausência se fará pela a inexistência de um beijo.
Edna Maria Pessoa
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