Desejo-lhe, em poesia, ser teu...
E tu, em versos, ser minha.
E assim como num cantar de uma sereia,
Explodir meu peito, que ora, se incendeia,
Por esse amor que me consome e me desatina.
Desejo, pois, o nosso amor eterno...
Que não se importa com o tempo,
Que atraca no porto dos seus mistérios,
Mesmo ante a força feroz dos grandes ventos.
...E quando esse dia chegar,
quero ser somente seu...
Assim como a água é do mar...
Como a água é dos véus das cachoeiras.
Assim como a lua é do luar
E tal qual a uva é da videira.
Pois o amor que me arrebata,
É aquele amor de vida inteira.
Nelson Rodrigues de Barros
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