Quem de amor morreu deve ter vivido mais...
Se deu sem saber onde isso ia dar,
se num cais, acompanhado,
contando estrelas,
ou no fundo do mar...
Deve ter sabido o que fazer diante de uma parede em branco,
apenas o sangue de seu ferido poema nas mãos,
rabiscando palavras vivas, umas loucas, outras nem tanto,
na boca o amor querendo sair, ou será o coração?
O anjo que lhe faz as contas, de perdas e ganhos,
o recolhe e ao jardim de amores perdidos o leva;
lá, sem tristeza, dor, apenas mil sonhos estranhos,
do amor que lhe roubou a paz conhece a quimera.
Preto Moreno
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