sábado, 4 de dezembro de 2010

SUBMISSA


faço-me toda sonho
diante de seu querer
rendo-me ao seu fascínio
das fantasias imaginadas
daquele suspirar
do fechar os olhos
e exalar carícias
daquele torpor
da sua lembrança tão viva
do meu primeiro amor
faço-me toda mulher
diante do seu olhar
e na sua boca carinhosa
meus seios intumescem e se arrepiam
na ternura de nossas mãos
meu corpo se umedece
e nossos gestos - confidenciam-se
não me importa agora o meu desejo
esmaga sua boca no meu beijo
e realiza o seu - nesse momento!
sou sua infinitamente sua
vem e me ama do jeito que queres
quero agonizá-lo em prazeres
misturar-me no suor de sua pele
serpentear meu corpo em seus braços
e na tontura entre o real e irreal
esgazear-me em desejos
nesse seu olhar que tanto me atiça
segreda em meus ouvidos
seus comandos
e os obedecerei

um
.
.
a
.
.
um
.
.

solícita
sôfrega
submissa



Mary Fioratti

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