segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

INTIMIDADE


Eis que chega o amor,
feito temporal noturno,
arrancando do caule,todas as despedidas.

Sem sequer saber-te ou desejar-te,
descubro,florindo em meus setembros,
as promessas ocultas de todas as estações.

Deixo-me pousar em teus braços,
de modo que teu abraço circunde em mim,
inteiro e íntimo na pele,feito raiz.

Provamos a seiva do prazer como se um,
num mesmo gole,no mesmo copo,
no mesmo corpo.

Numa cumplicidade quase impossível
de traduzir em versos.

Rosy Moreira

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