Quando a noite chegar
serena e bela, a lua
há de brilhar em meu semblante,
e andando, solitário, pela rua,
hei de lembrar do meu passado errante.
E no meu peito sofrido e apaixonado
uma agridoce saudade em tom de mágoa
há de apertar meu coração amante
e ficarás a sós, no mundo triste,
se de mim continuares tão distante.
Mas, se quiseres que eu vá,
já estou partindo.
Melhor sofrer do que viver fingindo,
que nosso amor, parece, feneceu.
E quando a lua brilhar mais uma vez,
não sofrerei de amor,
porque talvez:
- uma paixão não dure a vida inteira.
Filemon F. Martins
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