quarta-feira, 20 de outubro de 2010

LAGRIMAS DE ROSAS


Sopra brisa, de tão serena até parece...
Delicados lenços de seda em rebeldes vôos.
Transparentes como as cristalinas gotas...
Que se separam do serenar das cachoeiras.

No ar, suave perfume de delicadas flores.
Enquanto no abandono as desgarradas pétalas,
Parecem, lágrimas choradas por púrpuras rosas.
No deleite de seu devaneio, da brisa em seus botões.

Tais momentos de euforia lembram-me certas noites.
No aconchego de nosso quarto sob a luz morteira...
Tocávamos juras de inesquecíveis amores...

E quando a brisa se foi, veio o arremate do vento.
Separando as pétalas, que já foram o excitante perfume...
Mas hoje assim como eu, se tornaram pequenas lembranças.


Baroneto

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