terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sinto na pele...


Sinto a pétala aveludada
acariciar minha pele.
Volto-me. Embora a boca apele,
minha voz está embargada.

Sinto na pele tua mão.
Quisera não emocionar-me.
É difícil, por amarrar-me
aos elos da tua paixão.

Sinto na pele o teu perfume.
Saudades da tua alegria,
que a toda hora me comprazia.
Nunca ouvi de ti um queixume.

Sinto na pele o teu olhar,
permanente, encorajador,
que tranquiliza a minha dor.
Vê-lo-ei mais uma vez brilhar?

Mardilê Friedrich Fabre

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