quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PUREZA


Aceno quando a brisa passa,
volta e espia pela borda da janela,
deixando uma fragrância de relva umedecida.

Tenho a sensação que essa brisa
é a mesma brisa que comigo brincava,
nos tempos de travessuras.

Qualquer dia desses,
fico descalça,ponho uma flor no cabelo,
e corro por aí,atrás dela,ao longo do descampado.

Antes que seja tarde,
e brisa,infância e eu,apaguemos para sempre,
unidas,no silêncio da respiração.

Rosy Moreira

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