Sim, a saudade apertou
Meu peito cansado
Já dilacerado pela dor
E percorreu arfante pelo universo
Dessa ausência que é meu fado...
Nas noites insones e vazias
Meu pensamento divaga
Chega às estrelas distantes
E pergunta-lhes onde estás
E não obtenho resposta...
Nessa noite, em horas altas
Todo o meu ser se desnuda
Levado pelo desejo que o consome
Chega à Lua quase morta
E clama ao astro pelo teu nome...
Mas os astros não me ouvem
E o mar é o meu destino
Mergulho nas suas profundezas
E chego ao teu coração já sol a pino
Tão frio, tão sem beleza...
E o mar na sua grandeza me anuncia
Que estás muito longe de mim
Distante da minha fantasia
Na vastidão do teu egoísmo
Que te faz cada vez mais assim...
Volto a minha realidade
E o mundo que vejo lá fora
Convida-me para viver a ventura
De voltar a ser eu mesma
Longe da solidão que me apavora...
Mena
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