segunda-feira, 30 de abril de 2012

O soneto de amor (Soneto III)




III

Amei-te, porque sabes ter o amado;
esse arrebol, para que lamba os lábios
nos teus desejos sensuais e sábios,
toca os meus beijos no prazer picado.

Meu amor, és meu corpo do pecado
esse poema que me sente tanto,
amo-te tanto, pelo doce encanto
ias falá-lo docemente ao lado...

Amo-te, sem ser prosador vital
sim o mancebo da paixão carnal;
quero-te, pela carne amante e louca.

Em que se lembra, meu amor, sem choro!
Para tocar os corações do soro...
Sinto-te, implora a sedução da boca.


Lucas Munhoz (Poeta rapaz) 

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