sexta-feira, 30 de julho de 2010

ESCUNA DO AMOR


Sobre as ondas navega
minha escuna insolente,
numa alegria tão contente,
que o destino me cega
e a razão já me renega
por pensar em ti somente

Tua face me aparece
em meio às alvas nuvens
que a tua forma assumem
-carregadas me parecem-
das gotas de teu perfume
a acender em mim o lume

Navega escuna trigueira!
Leva-me já ao amado regaço,
que meu peito em descompasso
quer por logo os pés na areia
e beijar a prenda faceira
tomando-a, forte, em meus braços.

(Jorge Linhaça)

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