segunda-feira, 20 de outubro de 2008

CIRANDA DA ROSA


Dança das horas, ciranda de rosas.
vermelhas de paixão.
A flor é senhora do amor, torpor,
sedução.
Seiva dos latentes desejos,
púrpuras pétalas.
Néctares sem fim, evoluções
de aromas.
Na exatidão de uma boca macia,
desenha-se um beijo.
Em lampejo, no olhar uma estrela
principia.
Teus lábios e os meus, tão ateus,
encontram os céus.
E é assim quando te amo,
mais do que poderia e além.
Sensações que atravessam o infinito
de nossos corpos aflitos, e que
nada, ninguém detém.
Entre nós há esse não sei quê,
querer, segredo e fascinação.
Já nem sei quem sou, talvez mulher
em flor, posto que me perdi
Em ti, delírio, perdição.
Vejo em mim o teu rosto,
Sinto o teu gosto e danço
vestida de rubi, nas fogueiras
do teu coração, alucinação
somente para ti!

( TANIA MARA CAMARGO )

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