quinta-feira, 25 de março de 2010

MINHA ENTREGA


Eventualmente, lá no futuro,
se alguém perguntar se algum dia
te amei, diga que não, mas, que foi
venerada como santa, mesmo nas
ausências, que sempre
foram uma constância.

Diga que eu não sabia o
que fazer para vê-la feliz, para
que sorrisse com minhas
brincadeiras infantis.

Que cheguei a me fantasiar
com trajes de títeres, para
descontrair nossos encontros de
uma vida inteira, os mesmos que hoje
o próprio tempo reclama.

Não esconda que eu velava o
teu descanso, sem que soubesse
em que sonhos sonhavas, ou
com que estavas...

Não deixe de dizer que sufoquei
minha vida, para pode respirar
a tua, sem supor que
respiravas outros ares...

Se nada disso quiser dizer,
diga pelo menos que nunca
viu um sentimento tão sincero,
e, exiba as cartas que recebe todos os dias,
dizendo que ainda te quero.

(Wilson de Oliveira Carvalho)

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