No paredão, sob o passar do vento,
olhando sem realmente ver,
ouvindo sem verdadeiramente escutar.
Ao longe, o grito das gaivotas
Ao perto, as ondas a rumorejar
num cheiro a mar que enchia os poros
e refrescava a alma.
Banhou os olhos de horizonte,
despojou-se de passado e presente...
O céu azulava-se límpido,
e o sol, ah, o sol, quente na pele
lembrava um toque leve
de dedos por chegar.
Não houve aviso, nem alarme,
apenas aquela sensação sedosa,
húmida e macia,
vibrante no poisar vagaroso,
que chegou rápido ao coração.
Da curva do pescoço,
os lábios deslizaram em ascensão,
pontilhando o canto do sorriso,
prestes a um adiado torvelinho
em queda desejada.
Lábios que se tocam,
se tacteiam, se encontram,
num beijo-escorrega
lentamente sôfrego,
demoradamente ávido.
Que saúda a chegada.
E o dia começou.
(Poema da Viajante in Espelhos & Labirintos)
olhando sem realmente ver,
ouvindo sem verdadeiramente escutar.
Ao longe, o grito das gaivotas
Ao perto, as ondas a rumorejar
num cheiro a mar que enchia os poros
e refrescava a alma.
Banhou os olhos de horizonte,
despojou-se de passado e presente...
O céu azulava-se límpido,
e o sol, ah, o sol, quente na pele
lembrava um toque leve
de dedos por chegar.
Não houve aviso, nem alarme,
apenas aquela sensação sedosa,
húmida e macia,
vibrante no poisar vagaroso,
que chegou rápido ao coração.
Da curva do pescoço,
os lábios deslizaram em ascensão,
pontilhando o canto do sorriso,
prestes a um adiado torvelinho
em queda desejada.
Lábios que se tocam,
se tacteiam, se encontram,
num beijo-escorrega
lentamente sôfrego,
demoradamente ávido.
Que saúda a chegada.
E o dia começou.
(Poema da Viajante in Espelhos & Labirintos)
1 comentário:
Jorge,estou sempre passando p aqui!
Vc sabe q amo poesias,poemas,enfim!!
Seu blog faz-me viajar através de obras tão bem selecionadas!
Bjos
Helena
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