terça-feira, 3 de março de 2009

O ATALHO DE UM AFAGO


A noite desce a blusa
e não recusa suas estrelas ao poeta no sereno de sua busca,
como tu que te despes à véspera do afago
e não me negas a entrega da tua trilha...
Doce ilha
cercada de desejo por todos os lados.

Quem sabe eu navegue pelo Sul
e te encontre na ponte suspensa do beijo,
ou quem sabe eu vá pelo Norte
e me perca de propósito em teu vale.

Melhor mesmo é navegar-te por inteiro
e no final achar que fui teu capitão
sendo eu o simples marinheiro
ancorado na tua nudez...

Mauricio da Costa Batista

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