quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Amor, não fuja


Tentava entender o que existe entre a gente.
Não consegui uma resposta convincente.
Tudo aconteceu devagar sem se esperar.
Foi criando raízes, nos deixando felizes.
Isso é tudo que sei.
De você eu gostei.
Você olhava pra mim, você cuidava de mim.
Ficávamos nos ensinando, nos confortando.
Nossos ombros eram largos;
nossos sentimentos amargos.
Tudo foi passando, você se entregando,
e eu igualmente, fazendo-o meu confidente.
De repente percebemos que nossos ombros
se transformaram em abraços,
criando fortes laços de sentimentos estranhos.
Que eram tamanhos, e nos assustaram.
Ficamos confusos...nossos sonhos voltaram,
e neles...tudo estava mudado.
Nos vimos apaixonados sem saber como agir,
e num primeiro momento deu vontade de fugir.
Tudo parecendo tão complicado,
chegando no momento errado.
Mas, amor, eu peço a você:
não faça nada precipitado, fique do meu lado.
Saberemos resolver; temos ainda
muito que aprender nesta vida terrena,
que preparou essa cena pra nos envolver.
São sentimentos bonitos,
que muitas vezes já foram escritos
por poetas sensíveis às coisas invisíveis
ao coração dos homens comuns.
Amor, fique comigo só mais um pouco,
este mundo é mesmo louco!
Não importa de que maneira,
nos foi concedido viver este doce momento
de encantamento e prazer.

Silvia Munhoz

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