Puxo sobre os teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão:que tempestade!!
Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-se lentamente,
e é ternura também que vou vestindo
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
(David Mourão-Ferreira/Traduzida p J.G Araújo Jorge)
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão:que tempestade!!
Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-se lentamente,
e é ternura também que vou vestindo
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
(David Mourão-Ferreira/Traduzida p J.G Araújo Jorge)
1 comentário:
Ler essas obras de JG Araújo Jorge e suas traduções deixa-me feliz, pois sou fã e tenho um acervo enorme dele...
Essas publicações aqui mostram q o autor amou muito e intensamente...
Quem nunca amou ou sofreu que atire a primeira pedra...
Amei...
Parabéns!!
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