quinta-feira, 31 de maio de 2007

Lua...


...da Lua Cheia faço a minha morada com vista para o nosso Universo de sonhos.

Do quarto crescente faço minha alcova, espreito-te da janela,

escondido entre as cortinas do desejo onde espero um sinal teu.

Quero conhecer a expressão do teu rosto quando a força da saudade te eleva os olhos ao céu e me procuras entre os espaço das estrelas.

Hoje, vou entrar no fundo dos teus olhos quando o brilho da feiticeira da noite se reflecte no teu olhar.

Nesta noite encantada em que os feitiços se tornam reais sentes-me aí e juntos vamos sobrevoar as memórias dos momentos só nossos que a voz dos anjos guarda para si.

Quero sentir o calor do teu sorriso que tanto gosto de beijar, quando te roço levemente o pensamento, quero sentir na alma o sopro do teu coração quando por instantes vens ao meu encontro.

No piscar reluzente da estrelas deixo as palavras que não lês aqui nem em parte nenhuma, são cartas de amor que irás ouvir quando fechares os olhos e a brisa da noite fria te afagar com o calor das minhas mãos.

Nas asas dos anjos deixo o silêncio intemporal, o tempo que não passa e que a cada dia nos abre mais os caminhos estrelados entre as galáxias da nossa paixão.

Há muito que abri o coração e deixei o Amor entrar, permiti que se aninhasse no seu conforto e ocupasse os espaços vãos.

Em meu peito arde agora o fogo de uma estrela cadente que me ofereceste um dia como um pedaço de ti repleto da tua essência.

Em cada célula do meu corpo existem agora pequenas gotas de luz, que gravitam e me rodeiam, provocando-me uma sã loucura que me estremece a alma num doce e sorridente alvoroço, fazendo-me acreditar que finalmente te encontrei.

Chamei todos os anjos e esperei.

Vieste tu, voando para os meus braços, nas mãos trazias a eternidade de uma chama que se alimenta desta paixão quente como um Sol de Agosto.

Hoje, saberás que te espero no quarto principal da Lua Cheia, testemunha surda, cúmplice silenciosa que tanto sabe e tanto cala de nós...

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