quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A MINHA BELA


A minha bela não é mais bela
Do que as outras belas do mundo,
Mas, quando sorri, eu percebo:
Nenhum riso tem tanta manhã.

A minha bela tem os olhos
Belos como os das outras belas,
Mas, quando me olha, eu vejo:
Não há olhos tão cheios de céu.

Quando o vento lhe bate no rosto,
Imagino um sem-fim de poemas,
Olho o semblante da bela e penso:
Nenhum rosto tem tanta viagem.

Se não é mais tudo, a bela
Assim simplemente parece,
Por ser aquela que amo,
Não haver delírio maior do que amar.

Barão da Mata

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