O tempo passa como gotas de orvalho na flor caída,
Como passam as ilusões, os sonhos quando o sol se levanta.
Chorei na noite fria o amor de ontem sem teu aconchego,
Sem laços, sem traços, na solidão, desejos só não me adianta.
Dentro deste silencio tento apagar velhas lembranças,
De construções inacabadas da vida, juventude e carnavais,
Só não apago esta chama que me queima o peito,
Que fazem muito sentido nestes dias vazios invernais.
Poesias, canções é difícil definir o que me alcança a alma,
Incêndios idos, vividos, fagulhas, caso de outrora.
Expressões, diferentes pensamentos, alegria poderosa,
Pinceladas de paixão, misturas de inocência cor de rosa.
Eu ando assim amor, a suspirar, arquejante, excitação,
Sinto-te, mais uma vez na sede de quem esta amando,
Nesta espera alucinada, ansiada, coração em festa,
Vem clandestino! Amor infinito meu corpo esta chamando.
DOCE VAL.
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