domingo, 12 de outubro de 2014

TUA PELE...

 
Um gosto de desejo surreal
Que sinto na boca.
A mesma boca que as tuas palavras
Beijam pelo seu lado interior.
Palavras soltas, cheias de amor selvagem,
Como sangue coagulado,
Palavras sobre território devastado.
Órgãos desamparados, nus.
Que em transe lunar
Deixam o seu lugar secreto
E, numa desordem geográfica,
Perdem-se na procura de saciar
A sede em tua pele...


Alexandre Alaor
 
 

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