Se tu sabes que te quero bem,
Porque vives distante?
Em tuas clássicas demoras racionais,
Entre o dever e o devir.
Bendita é a vida que nos espera,
Para transcorrer nas estações das horas,
Em destino traçado no encontro de nossas almas,
Que alegres bebericaram na fonte do amor.
Se o medo vencer a coragem,
Não haverá o paraíso dos dias vividos,
E nem alegria. Seremos apenas espectros,
Do que poderíamos ter sido um para o outro.
O tempo não espera. É passagem.
Viver é degustar lentamente,
As delicias das horas,
Em graça, luz e fé.
Caminho que deságua em novas canções,
Esteio da gratidão sentida,
Nos beijos cálidos, pontas de lanças.
Para atingirem as sutis e fortes sensações.
Que docemente esculpem nossos nomes,
Delineados na estação da infinita bondade,
A brilharem translúcidos e belos,
Pequeno mistério guardado no silencio.
Maria Eugênia de Athayde
Sem comentários:
Enviar um comentário